sexta-feira, 13 de março de 2009

azar

Hoje foi um dia de azar. Se sobrou, se faltou, se atrasou, se adiantou, era o azar. Agora em casa essa certeza fica meio turva, refringe a verdade, torna outra coisa. Azar? Se perder a hora fosse azar não existiriam mais espelhos no mundo a serem quebrados. Se ter que ouvir (sempre) a caixa postal fosse azar, todo mundo teria gatos pretos em casa. Não, não foi um dia de azar. Foi um dia normal. Claro, erros foram cometidos, mais do que acertos, mas é um equilíbrio, e se ontem eu fiz sorrir, hoje nem tanto, amanhã quiçá uma lembrança, até chegar a indiferença, um sorriso, um abraço e pronto, tá lá o sorriso de novo. Essa é a idéia principal, humor, reversibilidade, efemeridade. Pelo menos já foi o revés, que se não fosse hoje, seria amanhã. Pronto, passou.

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