Toda vez que começo um novo amor eu me pergunto até onde ele pode ir. Quanto tempo vai durar, quais lugares vão se tornar nossos e qual vai ser o lugar dela na minha vida. Mas ao assistir ao novo filme da Anna Muylaert, o É Proibido Fumar, a pergunta que ficou é: até onde posso ir nesse relacionamento? Um relacionamento a dois é uma ótima hora, senão a melhor, de entender a si próprio um pouco melhor, rever alguns valores que, antes da outra pessoa surgir na sua vida, eram inquestionáveis, absolutos. No meu caso, e na da protagonista do filme interpretada por Glória Pires (muito bem, por sinal), esse valor tornava em um primeiro momento difícil, e em um segundo impossível, a consolidação do compromisso. Pois, quando estamos sozinhos e todos os atos só atingem profundamente quem os pratica, nos entregamos a vícios, muitos deles propositalmente. Assumimos esses vícios de tal forma que eles passam de mera distração pra nós mesmos pra se tornarem dogmas. No meu caso, esse vício era o 'estar solteiro'.
Depois de algum tempo sozinho, e equilibrado, conclui que minha posição na sociedade era o homem solteiro, e que assim, e só assim, eu seria feliz. E, óbvio, os relacionamentos que eu tive durante essa época não se tornaram compromissos pela minha indisposição, mas que, pra mim, essas frustrações amorosas só serviam pra reafirmar que essa tal posição adotada era a mais acertada mesmo. No caso da Beibe, personagem de Glória Pires, o cigarro faz a alegoria desse dogma e reforça que sim, é difícil abandonar esse vício formado no decorrer do tempo e, portanto, tão sólido. Mas que devemos abandoná-los, pois nunca sabemos o quão bem a outra pessoa pode nos fazer. Quatro estrelas.
Depois de algum tempo sozinho, e equilibrado, conclui que minha posição na sociedade era o homem solteiro, e que assim, e só assim, eu seria feliz. E, óbvio, os relacionamentos que eu tive durante essa época não se tornaram compromissos pela minha indisposição, mas que, pra mim, essas frustrações amorosas só serviam pra reafirmar que essa tal posição adotada era a mais acertada mesmo. No caso da Beibe, personagem de Glória Pires, o cigarro faz a alegoria desse dogma e reforça que sim, é difícil abandonar esse vício formado no decorrer do tempo e, portanto, tão sólido. Mas que devemos abandoná-los, pois nunca sabemos o quão bem a outra pessoa pode nos fazer. Quatro estrelas.